Lanceloti Avelino nasceu no ano 1520, em Castelnuovo, uma província que pertencia ao então reino de Nápoles. Os pais, João e Margarida, muito religiosos, criaram o filho dentro dos ensinamentos de Cristo. Na época oportuna, enviaram o pequeno Lanceloti para estudar com o tio, pároco da vizinha Senise. Lá ele começou sua vida religiosa exercitando-se no apostolado catequético dos jovens da cidade. Em 1545, já era um sacerdote.
Dois anos depois, seguiu para a cidade de Nápoles, onde, na universidade, diplomou-se em direito canônico. No exercício da profissão, assistindo a defesa de um sacerdote, decepcionou-se com as artimanhas legais permitidas e, amargurado com a situação, abandonou o processo e a carreira, em 1551.
Prosseguiu o seu apostolado como auxiliar do vigário geral de Nápoles, sendo um exemplo pela humildade, disciplina e dedicação total à caridade, atendendo com amor os pobres e doentes. Só deixou de rezar seis horas por dia quando recebeu a incumbência de vigiar os conventos teatinos, que estavam submetidos à arquidiocese a que pertencia. Além disso, tornou-se evangelizador e confessor de Nápoles e de cidades vizinhas. Mas devido à sua atuação no combate aos abusos dos conventos, sofreu dois atentados, em 1555, dos quais só escapou vivo por milagre.
No ano seguinte, Lanceloti entrou para a Ordem dos Teatinos e, em 1558, vestiu o hábito, tomando o nome de André Avelino. Durante toda a vida, dedicou-se aos pobres, encarcerados e agonizantes, sendo também diretor espiritual. Mas ainda se achava pecador e pedia mais sofrimento a Deus em suas orações.
Morreu no dia 10 de novembro em 1608, acometido por um ataque quando se aproximava do altar para a celebração da missa. Foi canonizado pelo papa Clemente VI. Santo André Avelino é invocado pelos devotos como protetor celestial contra a morte repentina.
Nascido em 1521, em Castronuovo, pequena cidade do reino de Nápoles, André manifestou a maior disposição, desde a infância, pelas virtudes. Uma fisionomia propícia expôs-lhe a castidade a grandes perigos. Triunfou, porém, pela oração, constância, e vigilância sobre si mesmo, fugindo às más companhias.
Não desejando viver senão para Deus, abraçou o estado eclesiástico, fazendo-se, antes, doutor em direito canônico. Uma falta que cometeu, fê-lo deixar inteiramente o mundo. Certa vez, queixando-se na corte eclesiástica, deixou escapar uma mentira, mentira sobre um ponto que não era de grande importância. E a leitura destas palavras da Escritura: A boca que profere mentiras leva a morte à alma, causou-lhe tal impressão, que renunciou, para sempre, à profissão de advogado, passando a consagrar-se unicamente à penitência e ao santo ministério.
Encarregado pelo arcebispo de Nápoles, de reformar e dirigir um mosteiro de religiosas, experimentou muitas contradições. Viu-se mesmo alvo do furor dos que lhe eram contrários e, duma feita, escapou da morte, com a qual o haviam ameaçado. Sofreu tudo com a maior resignação, sem um lamento. Perderia mesmo a vida, se assim fosse necessário, para a glória de Deus e salvação das almas.
Entrando na congregação dos teatinos, em 1556, trocou o nome de Lanceloti pelo de André. E. desejando a santa perfeição, que sentia necessária, fez, com a permissão dos diretores, dois votos particulares: o primeiro combater sempre a própria vontade, e o segundo encaminhar-se sempre, no que lhe fosse possível, a perfeição.
Pelo resto da vida respondeu a estes extraordinários compromissos. Suportou, sem a menor perturbação, o assassínio dum dos sobrinhos. E, não contente com impedir se perseguisse o matador, com o maior fervor solicitou-lhe o indulto.
Santo, a outros tornou santos, em particular São Lourenço Scupoli, o piedoso autor do Combate Espiritual. Foi amigo de São Carlos, ajudando-o, e muito, na reforma do clero.
Deus o honrou com os dons da profecia e do milagre. Aos 10 de dezembro, com 88 anos – em 1608 – esgotado pelos trabalhos e alquebrado, estava Santo André Avelino aos pés do altar para dizer a Missa. E, no fim das palavras: Introibo ad altare Dei, caiu.
Recebeu, então, com ternura, com imensa piedade, os sacramentos, e morreu tranquilamente.
Canonizado em 1712 por Clemente XI, a Sicília e a cidade de Nápoles, teem-no como um dos padroeiros.