Novena de São Caetano - Pai da Providência
1o Dia - Fundador da Ordem dos Padres Teatinos - Sua História:
A vida, a exemplo Caetano de Thiene, leva-nos a perceber que realmente a missão do Cristão é ser sal e luz neste mundo. O sal que dá o gosto da solidariedade e a luz do testemunho da vida compromissada com o Reino de Deus.
Caetano de Thiene nasceu em outubro de 1480, na Itália. Quando nasceu, sua mãe, Maria do Porto ofertou-o a Nossa Senhora, Mãe de Deus, desabrochando em Caetano desde pequeno, a devoção Mariana. Devemos perceber o papel fundamental de sua mãe que o educou na fé cristã mostrando a importância dos pais na educação dos filhos. Caetano era o terceiro filho da família, seus irmãos eram Alexandre e João Batista.
Quando jovem, foi morar em Roma para realizar seus estudos acadêmicos; formou-se em Direito Canônico e Direito Civil e a convite do Papa Julio II, passou a exercer a função de protonotário apostólico, ou seja, passou a escrever as cartas e documentos do Papa.
Caetano busca uma nova maneira de ser Igreja, fundando a Ordem dos Clérigos Regulares – os Teatinos para serem padres religiosos que vivessem como os cristãos das primeiras comunidades. Valorizou muito a Palavra de Deus, principalmente o Evangelho, que deveria ser posto em prática para que assim pudéssemos alcançar o ideal cristão. Preocupou-se muito com a participação dos leigos da Igreja. Fundou do Oratório do Amor Divino em várias cidades, incentivou a caridade com os doentes incuráveis, as crianças carentes, as prostitutas arrependidas...Sabemos que a aquisição de bens necessários para viver torna ansiedade contínua e pesada, caso não for precedida pela busca da Justiça e do Reino de Deus, ou seja, a promoção de relações de partilha e fraternidade; salvar vidas.O bem necessário para a sobrevivência virá junto com a justiça, pois está mais do que óbvio que todo acumulo é injusto e desnecessário. O que sobra para uma minoria, falta para a maioria. O Reino é doação, amor, partilha...Refletir: •Tenho sido o sal que dá gosto e a luz que ilumina a vida das pessoas? •Me preocupo tanto com os bens materias e me esqueço que o bem necessário ao verdadeiro Cristão é devolver a dignidade, a esperança ás pessoas, enfim SALVAR VIDAS? Após a reflexão rezar: 1 Pai Nosso, 3 Ave-Maria, Ladainha e a Oração de São Caetano.
2o Dia - Oratório do Divino Amor -Unir Ação e Oração
O bom teatino, que busca ser fiel aos ensinamentos de São Caetano, deve, antes de tudo, unir a contemplação à ação. Temos na Paróquia São Geraldo uma comunidade ativa e interessada no bom andamento das atividades paroquiais, o que é ótimo. É justamente por que ação desprovida de Espiritualidade se torna vazia e rotineira obrigação, que teve início em 06 de Setembro de 1996, o Grupo de Reflexão Teatina, Oratório do Divino Amor, inspirado na espiritualidade de São Caetano de Thiene, momento de oração, de louvor, de reflexão da Palavra de Deus com o lema de São Caetano: “Renovar, Renovando-se”.
O Oratório do Divino Amor teve como inspiração, um movimento já existente no tempo de São Caetano, com este mesmo nome, em prol da oração, e a partir dela, os atos de misericórdia, entre eles o de fundar hospitais para os incuráveis (portadores da sífilis)
Os encontros acontecem às 4a. feiras, às 20:00 h; na São Geraldo.. Nesse encontro fraterno, intercedemos pelos familiares e dependentes químicos que pertencem a Comunidade Casa Esperança e Vida, cantamos, louvamos, reconhecemos nossas falhas diante do Pai de Amor, nos alegramos com seu perdão e na leitura e estudo da Palavra de Deus vamos descobrindo aquilo que o Senhor deseja de nós. Nossa alegria é justificável, pois é impossível sentir a presença de Deus, fazer a experiência do seu Amor e permanecer o mesmo.
O ponto a ressaltar é que o Oratório não se dispõe a ficar na Oração e sim partir para a Ação, procurando ser solidário com as famílias e os dependentes químicos, dando continuação da presença e da ação misericordiosa, amorosa, acolhedora e libertadora de Jesus, o Bom Pastor que acolhe sem reserva, salva, regenera, ressuscita, e chama Lazaro a sair do túmulo e a experimentar o novo. Todos os dias 7 de cada mês, é celebrada a missa de São Caetano, Pai da Providência, onde são abençoados e distribuídos pães que nos recordam a multiplicação dos pães chamando-nos á solidariedade.
Assim como São Caetano venha doar sua vida aos pobres do Reino e aprofundar sua espiritualidade para que sua oração não se torne vazia e rotineira obrigação.
Refletir:
•Sabemos que a Palavra Oração, vem de Orar – Ação; como anda então minha ORAÇÃO? Tenho dedicado tempo áqueles que precisam de meus ouvidos, minhas palavras, meus gestos?
•Tenho separado em meu dia tempo para Orar? Tempo para refletir a Palavra de Deus, que está presente em cada momento do meu dia?
•Será que hoje, deixei de prestar auxilio a alguém que precisou de mim? Deixei de rezar por alguém que pediu ou que precisa de minhas orações?
Após a reflexão rezar: 1 Pai Nosso, 3 Ave-Maria, Ladainha e a Oração de São Caetano
3o. Dia - São Caetano - Nós convida a viver em comunhão
Em primeiro lugar é preciso lembrar que a comunhão está fundamentada no mistério de Deus, que é comunhão de amor à Santíssima Trindade, e que para viver a comunhão com as pessoas é fundamental a comunhão com Deus. A vida comunitária não se constrói por decreto, nem é fruto de organização, é uma questão de amor. E o amor vem de Deus, e deve ser cultivado em Deus, valorizando a dimensão da Espiritualidade para se construir e viver a comunhão.
O fruto do relacionamento de comunhão com Deus é a comunhão entre nós e nossas comunidades. Assim também como a comunhão eclesial, tão estimada por nossos antepassados. Em comunhão com o Papa e com os bispos em suas respectivas dioceses, onde trabalhamos plenamente entrosados na Igreja local. Inseridos e comprometidos na caminhada da Igreja, assumindo tarefas e responsabilidades.
Gostaria de chamar a atenção para outro relacionamento de comunhão de essencial importância em nossos trabalhos pastorais: a comunhão com nosso povo, servindo com amor e manifestando nossa solidariedade com os mais pobres. Este estar com o povo e servi-lo com amor, fortalece nossa vocação e nossa consagração.
Aprender com o povo, principalmente com os pobres que nos testemunham uma fé confiante, nos ajuda a viver melhor a nossa fé. Portanto: a comunhão com Deus, a comunhão entre nos, comunidade Teatina. A comunhão com a Igreja e a comunhão com o Povo são quatro pilares em nossa vida religiosa e que dinamizam toda a nossa missão.
O importante de nossa vida de comunhão é a dimensão espiritual que se expressa na relação fraterna. A vida comunitária para nos Teatinos é essencial. Frente à solidão e à dispersão própria do mundo moderno vemos o comunitário como a melhor e mais sagrada ajuda que possibilita o crescimento e a madures pessoal. Antes de perguntarmos o que me oferece a comunidade há que perguntar-se o que posso fazer por ela.
Refletir:
•Qual é o meu relacionamento com Deus?
•Antes de perguntarmos o que me oferece a comunidade há que perguntar-se o que posso fazer por ela. Que serviço presto a comunidade?
•Como socorrer os pobres, necessitados, são tantos, mal posso comigo.
Após a reflexão rezar: 1 Pai Nosso, 3 Ave-Maria, Ladainha e a Oração de São Caetano
4o. Dia -São Caetano - O Santo do Pão e do Trabalho
Sete de Agosto, nos lembra a festa de São Caetano, “Grande Homem, Grande Santo”, um exemplo típico e cheio de fé, marcado por um contexto histórico fortemente critico do século XVI, político e eclesiástico, e que conseguiu levar uma vida virtuosa e santa.
Com toda a nossa fé e esperança, queremos cantar Ação de Graças pela vida santa de Caetano Thiene, que teve sua vida alicerçada na ação e na oração, sem perder de vista a confiança na Providência Divina. Assim o definiu Pio XII: “Incansável apostolo do Divino Amor e notável campeão da caridade Cristã”. Todo aquele que se diz teatino inclusive os leigos, deve procurar confiar cada vez mais na Providencia Divina, a fim de que a disponibilidade seja canal da Graça de Deus, para que outro possa viver com mais dignidade e com maior felicidade. Celebrar a festa de São Caetano é celebrar a abnegação, a doação e a vida. São Caetano é conhecido pelos povos e nações como o Santo da Providencia, o Santo do Pão e do Trabalho, o Santo dos Milagres e pacificador dos tumultos populares.
Ser Teatino é identificar-se com o Cristo Bom Pastor e não com o Cristo Poderoso “pantocraton”. O importante é servir o próximo e não ao Templo (legalista).
A identidade Teatina se dá:
Na opção pelos pobres; Em Jesus Libertador (Goel);Na misericórdia, contra o legalismo; Em desmascarar as falsas perspectivas religiosas; Em desmascarar mecanismos ocultos que causam a opressão; Na opção pela vida; Na opção pelo serviço contra o poder; No resgate da esperança.
No fazer o Reino de Deus acontecer.
Todos são chamados a prestar um serviço na construção do Reino de Deus, como São Caetano, ninguém está fora. E você já disse sim à sua vocação?
Vocação Acertada, Futuro Feliz!
Refletir:
•Tenho confiado na Providência de Deus? Ou tenho me preocupado em separar, guardar para amanhã?
•Qual o meu modelo de Cristo: O Cristo Bom Pastor, que procura e protege ou o Cristo Poderoso, sentado em seu trono, com vestes brilhantes?
Após a reflexão rezar: 1 Pai Nosso, 3 Ave-Maria, Ladainha e a Oração de São Caetano
5o dia - Ser Teatino, Vocação para a Vida.
A teatinidade se define pela vida clerical em comum à maneira dos apóstolos, e na busca incansável e contínua do seguimento e identificação com Cristo, obediente, pobre e casto, segundo a regra dos três votos e o conteúdo de nossas constituições. Mais Teatino será quanto mais se parecer com Jesus Cristo, confiando na Providência, acolhendo, amando e servindo a Deus-Pai e aos irmãos em especial os mais necessitados. No mundo cada vez se vive mais para o individualismo, o Teatino, por sua vez, testemunha o viver “no comum e do comum”.
Os reinos deste mundo apresentam algumas características bem definidas: são conduzidos por homens, movidos pela ambição das riquezas e do poder, tem suas bases no emprego da força, são defendidos pelas armas. O Reino de Jesus não se identifica com nenhum destes princípios. Jesus não elimina ninguém, é ele que se apresenta para morrer; não manda nos outros, obedece; não faz aliança com os grandes e poderosos, mas põe-se ao lado dos humildes, daqueles que não tem valor nenhum. Possuir, conquistar, exterminar são, para os homens, provas de força; para Jesus são fraquezas e derrota. Grande, para Ele é aquele que serve. As conquistas do Reino de Deus não se medem pelo numero das pessoas batizadas, pela eficiência das estruturas e das organizações eclesiais, pela grandiosidade dos templos, pelo temor que as nossas autoridades, das nossas comunidades, podem incutir nos mandatários políticos. O Reino de Cristo cresce onde se manifesta atitude de serviço, a doação generosa em prol do irmão, onde cresce o respeito pelos outros, o encontro, o diálogo, onde se estabelece relações novas entre os homens e as nações. A vida das nossas comunidades é fundada no amor, na compreensão, na partilha dos bens, na condenação de qualquer violência, no serviço fraterno. O Reino de Deus acontece, onde Deus age (na história), contra o Reino dos animais: violento, injusto, corrupto. Jesus propõe o Reino de Esperança, de Vida. O Teatino tem por dever identificar-se com o agir de Jesus: curar doentes, perdoar pecados, optar pelos pobres, ressuscitar mortos. Transformar toda situação de morte em situação de vida.
Refletir:
Você já sentiu o chamado de Deus para gerar vida.
•Como foi a resposta?
•Quais frutos deram?
•Como ajudar para que em nossa família todos se realizem e encontrem a felicidade?
Após a reflexão rezar: 1 Pai Nosso, 3 Ave-Maria, Ladainha e a Oração de São Caetano
6o. dia - São Caetano e a Missão
A concepção de Missão tem passado ultimamente por profundas mudanças. Predominava até então, aquela clássica visão missionária, que alimentará durante anos, homens generosos em busca de terras distantes, para anunciar aí a Palavra Salvadora de Cristo. Fazia parte da compreensão dos missionários prolongar para fora de sua Pátria, aquela situação cultural e religiosa em que estes viviam, seja modificando as demais realidades dos povos conquistados, seja destruindo-as, quando incompatíveis aos seus pensamentos.
Dentro desta perspectiva, aconteceu a destruição das culturas indígenas em nosso continente latino e a opressão cultural sobre os negros africanos. O missionário não tinha a mínima consciência de que pudesse encontrar elementos salvíficos válidos nessas culturas pagãs e selvagens. Assim sendo, em nome da fé, se desrespeitava e destruía o ser humano.
Hoje, já não se entende mais a tarefa missionária, como aquela que impõe seus costumes e religiosidade, mas, aquela que está aberta para aprender e respeitar o outro. Só pelo confronto com o outro, o diferente, percebemos impulsos e hábitos de dominação arraigados em nós e que não são nem um pouco cristãos, convidando-nos a nos converter.
Cada dia o cristão está redescobrindo a sua vocação missionária. Ser missionário não é privilégio nem tarefa de alguns poucos especialmente chamados para isso. Cada um, no seu meio e segundo as suas possibilidades deve anunciar a Boa Nova Salvífica a seu irmão.
A Palavra de Deus é, pois, para ensinar, refutar, animar e formar para a Justiça (2Tm. 3,14-17). Ensina os alienados, refuta os interessados na manutenção de situações injustas, anima os comprometidos com a libertação e forma todos no caminho da Justiça.
São Caetano atendeu o chamado de Cristo e se tornou o homem da caridade, da oração, do alento, da esperança, ou seja, se tornou outro Cristo no serviço a todos que o procuravam. Isso é possível porque renunciou aos seus caprichos, medos e orgulho. Jesus ensina que devemos renunciar às muitas coisas que são de nosso interesse, sempre que precisarmos ajudar o próximo a viver melhor e a se libertar de suas escravidões. Entendemos a missão Teatina como um testemunho forte de vida religioso-clerical em suas dimensões sacerdotal, pastoral e profética. A comunidade é em si mesma anúncio do Reino de Deus. Comecemos, portanto, a sentirmo-nos enviados pelo Senhor a fazer de nossa comunidade cada dia mais missionária. Empenhemo-nos em criar e revitalizar em nós o espírito das comunidades apostólicas sendo solidários e abertos ao povo de Deus.
A missão é exigente e absorvente, e a comunidade é a grande força impulsionadora que a sustenta. É a retaguarda, o apoio e também o refúgio, necessário nas horas de um justo descanso. A comunidade nos prepara para a missão, nos envia, nos apóia, e é em nome dela que assumimos a missão. Precisamos impregnar a nossa missão com as nossas marcas, nossas características, nossa espiritualidade, de tal modo a criar uma grande fraternidade entre a nossa comunidade e o nosso povo.
É sumamente importante que o nosso povo reconheça que são membros ativos da nossa família Teatina e por sua vez de sua missão.
Ser Teatino é ter a certeza de que nosso Deus não nos abandona quando nos envia em missão.
Ser Teatino é lançar-se nos braços de Deus. Refletir João 9, 1-34
7o. dia - “São Caetano Campeão da Caridade Cristã por estar aberto ao novo”
Existe uma história que fala sobre dois potes de barro. O primeiro pote vivia bem tampado e o segundo totalmente destampado. O que estava tampado se julgava superior ao outro, pois mantinha-se sempre limpo e caçoava do outro que, aberto estava cheio de sujeira.
O segundo pote pouco se importava, porque percebia a riqueza de estar destampado. Para ele, ficar sem tampa significava estar aberto para o mundo, pois em sua vida tudo era cheio de novidades, haviam sempre coisas novas em seu interior.
São Caetano nos ensinou que o verdadeiro cristão não pode ficar fechado para o mundo, se escondendo da realidade, mantendo-se imóvel. Torna-se necessário encontrar caminhos novos. A atitude de “estar tampado”não permite que surjam fórmulas novas.
Infelizmente vemos muitos cristãos católicos que se satisfazem com um cristianismo reduzido à missa dominical. Eles são os famosos “esquenta –bancos”que entram e saem da Igreja sempre da mesma maneira, pois não são capazes de se abrir para novas descobertas. Tratam-se de pessoas que não refletem e nem pensam. São seres humanos tão fechados que também não são capazes de olhar dentro de si.
O primeiro sinal de abertura do cristão é tirar a tampa de si mesmo para poder olhar a própria maneira de ser e começar a questiona-la. Quando se começa a olhar para si e refletir melhor as atitudes, já se tem inicio para o caminho novo. as situações novas que se fazem presentes e trazem novos desafios, exigem respostas novas, que somente pessoas abertas podem responder. Se fôssemos falar mais coisas sobre o ato de estar aberto, sendo cristãos, não esgotaríamos o assunto em poucas linhas, pois ser cristão implica em algo grandioso que se vive na simplicidade. E descreve-lo não é tão simples, exigiria um livro inteiro. Somos escolhidos para anunciar ao mundo a verdadeira vida: o Cristo, única esperança para o mundo novo onde reina o amor e a justiça. Somos chamados a produzir frutos de santidade nas realidades da vida cotidiana, partilhando o que somos e temos. Inspirados pelo Espírito Santo e fortalecidos pela Eucaristia, transformando-nos em ponte que une, em vela que se consome, iluminando tudo à nossa volta, testemunhando esse amor de Deus, que é PARTILHA E SOLIDARIEDADE, mas para que isso aconteça é necessário estarmos abertos para o novo
Refletir:
• Você está aberto para o novo,mesmo que isso lhe cause algumas rachaduras e incômodos?
Após a reflexão rezar: 1 Pai Nosso, 3 Ave-Maria, Ladainha e a Oração de São Caetano
8o. dia Agosto mês de São Caetano e da Família: “Somos chamados por Deus, para gerar Vida!”
“Todos os fieis, de qualquer estado ou condição, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (Vat II)
Por isso cremos que um verdadeiro cristão ou agente de Pastoral, não vive apenas da abservância de leis ou preceitos, mas deixa-se mover e guiar pela força santificante do Espírito, que nos leva à comunhão. Pois, todos somos chamados a sermos santos e irrepreensíveis, “sede santos como vosso Pai do céu é Santo”. Nossa missão, como agente de Pastoral é fazer que cada homem, cada mulher e nós mesmo, amemos mais a Deus, que tenhamos mais Fé, mais Esperança, mais Caridade, para com Deus e para com os homens.
A espiritualidade de cada pastoral, de cada agente, deve ser necessariamente uma resposta imediata e corajosa às perguntas e anseios dos homens e mulheres, principalmente dos famintos, dos nús, dos prisioneiros, e de todos os que sofrem injustiças.
Nós todos da Pastoral Familiar temos o dever de dar respostas aos anseios dos nossos irmãos e irmãs vitimados pelas inúmeras dependências, que lhes rouba a consciência e a liberdade de viver dignamente em família a vocação matrimonial. Essa vocação é um chamado de Deus ao serviço. O casamento feliz é uma realização e alegria, uma conquista que envolve toda a vida. Só quando entendermos o matrimônio como vocação dada por Deus para nossas vidas vamos ser um sinal forte na Igreja e sociedade. Não podemos esquecer que “Acreditar na Família é construir o Futuro”. “Vamos avançar para ás águas mais profundas!” (Lc 5, 4). Coragem! O Senhor nos chama para algo grande!
Refletir:
•O que fazer para dar mais espaço para Deus em nossa casa? Em que momentos?
•Quais práticas de oração e reflexão poderiam nos ajudar a crescer na fé no amor como família?
Após a reflexão rezar: 1 Pai Nosso, 3 Ave-Maria, Ladainha e a Oração de São Caetano
9o. dia - Todos são chamados à Santidade
Neste mês lembramos dos Santos: São Caetano Thienne, São João Maria Vianei, Santa Clara, São Bernardo, São Pio X, Santo Agostinho, Santa Mônica, daqueles que já estão na face-a-face com Deus, que se deixaram santificar por Deus, homens e mulheres que não ficaram parados. Chegaram a uma santidade de vida pelo fato de terem se esforçado em viver fielmente as exigências do Evangelho. A multidão dos santos é constituída de pessoas que se tornaram pobres interiormente. Esses pobres interiormente, são os mesmos construtores da paz, os famintos e sedentos de justiça, de uma justiça que só vem de Deus e que faz dos homens pessoas mais fraternas.
Os cristãos não são pessoas que gostam de sofrer, não buscam o sofrimento, mas compreendem que para serem coerentes com a sua vocação, deverão anunciar o Evangelho, gritando por justiça, condenando a mentira, não só com palavras, mas com a própria vida. Por isso são colocados em prisões, perseguidos, insultados por anunciarem a vontade de Jesus Cristo: “que todos tenham vida em abundancia” (Jo. 10,10).
Os santos foram companheiros nossos de caminhada, viveram essa mesma vida e desfrutam agora a alegria da visão de Deus. Estão aí para serem nossos modelos. Seremos humildes e solidários como Geraldo Magella; resgataremos em nós e nos outros a Alegria de Viver como fez Santo André Avelino; seremos homens de vida renovada, confiante na Providencia Divina, como Caetano de Thiene e Rita de Cássia. Copiaremos em nossas vidas, o zelo de tantas mães e pais que se consagraram ao trabalho e ás suas famílias. Procuraremos o exemplo de tantos homens e mulheres que fizeram da Igreja, parte de sua família, leigos engajados que transformaram a sociedade pela sua fé no Cristo Ressuscitado. Estaremos perto do ideal de tantos dos nossos contemporâneos, que não ganharam as honras dos altares, mas nos deixaram o testemunho de uma vida santa tanto outros de nossa comunidade e de nossas famílias.
O ideal da vida do cristão é ser “perfeito como o Pai do Céu é Perfeito”. Ideal ou Utopia? Não importa. Importa saber que estamos nos esforçando para essa transparência do nosso viver. Fazendo assim, estaremos entre aqueles que buscam o Senhor.
Neste mês recordamos, em especial, São Caetano, fundador da Família Teatina, que na sua vida tornou visível o Cristo solidário com o próximo, compartilhando com ele os sofrimentos, as alegrias, os fracassos e os sucessos, a doença e a saúde, as esperanças e as duvidas, a vida e a morte.
Ser santo é ser luz e sal na terra. Ser Santo é ser humano por completo.Ser Santo é sair de si mesmo, de seu comodismo, de suas
próprias preocupações e ir ao encontro do outro. Ser Santo é realizar-se em Deus. Ser Santo é ser Feliz
Refletir:
•Tenho buscado a perfeição e a felicidade de tantos santos e santas?
•Ser Santo é partilhar, é doar, é se doar em favor do outro, tenho me esforçado em seguir as exigências do Evangelho? Como?
Após a reflexão rezar: 1 Pai Nosso, 3 Ave-Maria, Ladainha e a Oração de São Caetano.